Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda a possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tecnologia na educação


Professora gaúcha descobre a importância do blog no ensino


Professora de literatura e língua portuguesa, Suely Aymone sempre buscou alternativas que tornassem menos artificiais as práticas de escrita dos alunos. O blog, com a capacidade de atrair leitores e colaborar para a interação entre diferentes pessoas, despertou a atenção da professora do Instituto Estadual de Educação Elisa Ferrari Valls, em Uruguaiana (RS). Ela passou a usar a ferramenta tecnológica como um espaço de reflexão pessoal sobre o mundo e a vida e também como suporte de aprendizagem para os alunos do curso normal (formação de professores).

O interesse da professora surgiu no dia em que conheceu um blog criado pela educadora Marly Dagnese Fiorentin, o Blogosfera Marli, que reúne temas de educação e tecnologia. “Eu me encantei. Era isso que procurava”, conta Suely, formada em letras, com especialização em ensino de língua portuguesa e em tecnologias em educação. Daí para a criação de seu primeiro blog foi um passo. Com o Ufa! Bloguei!, ela se propôs a “ensaiar — descobrir a linguagem dos blogs — para depois estrear”. Em seguida, veio o Espichando a Conversa, blog dos estudantes do curso normal. “Foi uma primeira tentativa de uso da web como mediadora de aprendizagem”, diz.

As experiências não pararam ali. Suely também criou os blogs Curso Normal – Aproveitamento de Estudos 2009/2010 e @prender_Fazendo, no qual os alunos são autores. “Descobri que blogar é uma forma de chegar mais perto da minha utopia, a de espalhar que todos podemos (e devemos) ser autores, não só de textos escritos e orais, mas da nossa história, nossa vida.”
O que a professora gaúcha mais tem observado, a partir dessas experiências, é a alegria dos estudantes ao ter um texto publicado: “Os alunos sentem-se valorizados; são lidos por outras pessoas, além do professor”, ressalta. “Além disso, eles passam a manifestar preocupação maior com o uso da língua escrita, com a clareza das idéias, o entrelaçamento do texto com imagens, entre outros pontos.”

Suely observa que há muito o que construir, especialmente o diálogo, exercitado nos comentários — os estudantes ainda ficam inibidos no momento de fazer comentários em blogs que visitam. “Volta e meia, refletimos sobre a necessidade de desenvolver uma ‘atitude blogueira’; ou seja, publicar, conversar, trocar idéias, interagir com autonomia, pois todos temos coisas para dizer e devemos dizê-las”, destaca a professora, que atua no magistério há 25 anos.

Grupo — Responsável pela coordenação do laboratório de informática do instituto, Suely tem planos de formar grupo de estudos sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) na educação. “Pretendo refletir com os colegas sobre a necessidade desse uso, ao mesmo tempo em que faremos experiências com interfaces da web que permitam e facilitem a construção coletiva de conhecimento”, explica.

Para ela, é importante que o professor estimule a presença on-line dos alunos por meio de blogs para que eles percebam a web também como possibilidade de aprendizagem colaborativa. Eles devem usar as TIC criticamente, como produtores de conhecimento, não apenas como consumidores.

Fátima Schenini


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