"A educação pouco tem contribuído para o processo de formação da personalidade e para com a arte de pensar. A escola e os pais estão perdidos e confusos quanto ao futuro dos jovens.
No VII Congresso Internacional de Educação* ministrei uma conferência sobre “O funcionamento da mente e a formação de pensadores no terceiro milênio”. Na ocasião, comentei com os educadores que, no mundo atual, apesar de terem se multiplicado as escolas e as informações, não multiplicamos a formação de pensadores. Estamos na era da informação e da informatização, mas as funções mais importantes da inteligência não estão sendo desenvolvidas.
Ao que tudo indica, o homem do século XXI será menos criativo do que o do século XX. Há um clima no ar que denuncia que os homens do futuro serão repetidores de informações, e não pensadores. Será um homem com mais capacidade de dar respostas lógicas, mas com menos capacidade de dar respostas para a vida, ou seja, com menos capacidade de superar seus desafios, de contemplar o belo, de lidar com suas dores, enfrentar as contradições da existência e perceber os sentimentos mais ocultos das pessoas. Infelizmente, será um homem com menos capacidade de proteger a sua emoção e com mais possibilidade de se expor a doenças psíquicas e psicossomáticas. A educação pouco tem contribuído para o processo de formação da personalidade e para com a arte de pensar. A escola e os pais estão perdidos e confusos quanto ao futuro dos jovens. "
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